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Educação disruptiva: O que é? Quais Vantagens? Conceitos e Exemplos

A educação vem passando ao longo das últimas décadas por um grande processo de transformação, resultado principalmente do nascimento de novas tecnologias, que tem revolucionado o modo como vivemos e nos comunicamos. 


Dentro deste contexto é preciso quebrar paradigmas pedagógicos e a educação disruptiva surge justamente com este propósito.


Neste artigo vamos entender o significado do termo educação disruptiva, qual a sua utilidade para o processo educacional na sociedade contemporânea. 


Veremos também quais as vantagens que esta nova forma de ver a educação oferece e por fim traremos conceitos e exemplos de educação disruptiva.


O que é Educação Disruptiva?


A disrupção pode ser entendida como a interrupção ou ruptura brusca de algo.


Sendo assim, o termo, que aparenta ter um significado complexo, é, na verdade, bem fácil de entender. 


A educação disruptiva nada mais é do que a transformação passada pelo processo de ensino e aprendizado, que vem simplificando, aperfeiçoando e modificando a dinâmica de ensino e a estrutura de aprendizado.


E por que esta mudança é necessária?


O modelo tradicional de ensino, centrado na figura do professor como detentor do saber, vem sendo questionado ao longo das últimas décadas, principalmente com a chegada de novas gerações de jovens, que já nascem dentro de um modelo social onde a revolução tecnológica domina.


Um britânico, Ken Robinson, expoente pensador da educação, buscou comparar a evolução que o mundo passou nos últimos 50 anos tendo como referência a sociedade e a educação. Enquanto que a sociedade passou por uma transformação profunda, a educação permaneceu com a mesma estrutura do século passado.


Assim, para chegar a estas novas gerações de crianças, era necessário o surgimento de novas abordagens educacionais e novas práticas pedagógicas. 


A educação disruptiva bate nessa tecla e prega principalmente a necessidade de transformar as formas convencionais e tradicionais de educação.


Quais as vantagens da educação disruptiva?


Essas novas abordagens educacionais promovem muitos benefícios para professores e alunos, e dentre as suas vantagens, podemos destacar:

Personaliza a experiência educacional e estimula a diversidade

Um dos conceitos principais das novas práticas de ensino é o de personalização da experiência educacional. Cada aluno é um indivíduo peculiar, com as suas necessidades pessoais e com seu potencial diferente de todos os outros. 


A educação disruptiva busca se afastar desse modelo tradicional que trata o estudante como algo padronizado. 


Assim, professores e educadores buscam criar práticas com o uso de tecnologias que beneficiem cada aluno de uma forma diferente, variando de acordo com a necessidade de cada um deles.

Aprendizagem cada vez mais multidisciplinar

O pensamento atual promove a ideia de que tudo pode estar interligado, a matemática com a história, a geografia com a física, a biologia com a química.


Assim, a formação pedagógica dos alunos deve ser desenvolvida a partir desta ideia de multidisciplinaridade, que é uma das bases da educação disruptiva. 


A tecnologia, nesse sentido, só tem a contribuir.

Conhecimento prático

Não que a teoria não seja importante, mas a educação disruptiva promove um modelo de ensino baseado em atividades práticas que visam oferecer conhecimento de forma mais direta e independente. Ou seja, o aluno tem em mãos todas as ferramentas para adquirir conhecimento, cabendo ao professor a função de intermediar, auxiliar e ajudar o aluno.

Revolução digital e otimização de processos

A educação disruptiva apresenta novos modelos de gestão pedagógica, aperfeiçoando grande parte dos processos de gestão educacional. 


Utilizar sistemas de inteligência para gerir toda a parte burocrática ou técnica favorece muito este novo modelo de educação, pois o tempo que era desperdiçado pelos professores em tarefas técnicas agora é direcionado para a produção de mais conteúdos e atividades práticas de conhecimento.

Estimula habilidades do futuro

Uma das funções primordiais do processo educacional sempre foi a de preparar nossas crianças para o futuro. Bem, a educação disruptiva por definição já apresenta esta ideia, já que suas dinâmicas que envolvem o uso de tecnologias e meios de comunicação proporcionam aos alunos esse conhecimento necessário para ter sucesso no mercado de trabalho. 


Uma série de habilidades, como inteligência emocional, capacidade de pensar de forma crítica e uma fácil adaptação às necessidades são promovidas dentro de uma estrutura de ensino atual, que busca dar ao estudante mais independência, autonomia e escolhas.


Desafios da educação disruptiva


É evidente que nem tudo são flores quando o assunto é educação disruptiva. Por mais que seu conceito seja colocado como uma evolução e uma transformação profunda nas práticas pedagógicas, há ainda muitos desafios e obstáculos.

Capacitação docente

O professor continua sendo um elemento fundamental dentro deste processo, e por isso é um grande desafio para estas novas práticas educacionais que o professor esteja capacitado com o uso das novas tecnologias. 


Não há dúvidas que o uso diário de equipamentos como smartphones e notebooks facilita muito essa capacitação, mas ainda é desafiador para o educador estar incluído por completo nessa revolução tecnológica.

Excesso de ferramentas tecnológicas

Em um mundo onde são criados novos produtos tecnológicos todos os dias, há a necessidade de uma triagem para dar conta de filtrar de forma produtiva todas estas possíveis ferramentas de ensino e de aprendizado.  


Exemplos de educação disruptiva


A educação disruptiva pode ser vista na sala de aula e na experiência ensino pedagógica de diversas maneiras e utilizando as mais diferentes ferramentas tecnológicas.

Realidade virtual

A realidade virtual já vem sendo considerada uma das grandes parceiras deste novo modelo de ensino. Tecnologia que simula uma nova realidade, ela favorece o aluno na prática escolar, e facilita o entendimento de assuntos, gerando mais interação, engajamento e sentimento de curiosidade no processo de ensino.

Realidade aumentada

A realidade aumentada também tem sido muito utilizada nas salas de aulas ou nas práticas pedagógicas. A tecnologia, que insere elementos virtuais em ambientes reais, facilita e dá uma nova dimensão para o processo de aprendizado.

Gamificação

A gamificação ganhou uma nova abordagem com a revolução tecnológica, e hoje é utilizada para facilitar o ensino de crianças e jovens, gerando mais engajamento e entendimento dos conteúdos oferecidos pelos educadores.

Cultura maker

Uma cultura muito difundida entre os admiradores da educação disruptiva, a cultura maker é baseada no faça você mesmo, ou seja, no aluno como dono de sua experiência pedagógica. 


Nesse caso, a função do professor é oferecer os instrumentos e as ferramentas para que o estudante consiga de modo independente e autônomo desenvolver suas habilidades e adquirir novas informações e novos conhecimentos.

Ensino híbrido

O ensino híbrido é um bom exemplo de como a educação evoluiu e se transformou com as novas tecnologias.

Hoje em dia o professor e os alunos não são reféns somente da sala de aula física e as práticas pedagógicas podem ser feitas tanto com o uso de espaços físicos definidos, quanto em espaços virtuais ou espaços diversos. 


Este modelo híbrido, que mescla estas duas perspectivas, vem sendo muito utilizado por escolas que trabalham com este conceito de educação disruptiva.

Lifelong learning

O conceito de lifelong learning vem sendo utilizado nas novas abordagens educacionais e promove a ideia de que o conhecimento deve ser absorvido ao longo da vida e não somente em um momento específico, em uma fase específica da vida. Este conceito vem ganhando adeptos e é mais um exemplo de como a educação vem se aperfeiçoando.

Machine learning

O Machine Learning é uma tecnologia que também terá uma função bem relevante dentro da educação disruptiva. Ele trará modificações significativas para o processo de aprendizagem e para a sociedade como um todo, pois contribui diretamente, junto ao aluno, com o aprendizado contínuo por meio de intervenções práticas de forma mais inteligente e produtiva.

Metodologias ativas

Parte do conceito de que o professor não é mais o centro do processo pedagógico, mas sim o próprio estudante. Será o aluno o responsável pela sua experiência de aprendizado, cabendo ao professor ser um mediador e um tutor desta nova jornada de ensino. 


Os métodos ativos acontecem na prática, e incentivam os alunos a buscarem conhecimento de forma autônoma, com a orientação de um professor, mas nunca como um mero espectador.

Conclusão

Vimos aqui que as mudanças que aconteceram no mundo nestes últimos tempos afetaram a sociedade de forma profunda, mas demorou a afetar os processos pedagógicos.


A partir deste pensamento se construiu a necessidade da educação se atualizar e se aperfeiçoar, buscando atingir um público que agora domina as novas tecnologias e que não aceitava mais aquele formato de ensino baseado na figura do professor sentado na sala de aula pronto para oferecer conhecimento.


O conhecimento agora está em todas as partes e as tecnologias são fundamentais para que informações sejam geradas a todo o instante. O professor agora é mediador e o aluno dono de sua experiência educacional.


A educação disruptiva parte desta ruptura com o antigo modelo de educação e apresenta para o aluno uma nova era de aprendizado.


E você, conhecia o conceito por trás da educação disruptiva?


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Neste artigo vamos entender o significado do termo educação disruptiva, qual a sua utilidade para o processo educacional na sociedade contemporânea.

Educação disruptiva, metodologias ativas disruptivas

17/08/2022

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