Como o líder deve trabalhar conflitos de gerações em suas equipes nas cooperativas
A liderança em cooperativas enfrenta desafios significativos. Especialmente no gerenciamento de conflitos entre gerações. Em equipes compostas por pessoas de idades variadas, surgem diferenças de pensamentos, valores e comportamentos. Esses abismos geracionais, se não forem bem administrados, podem impactar a comunicação, a gestão e a produtividade.
Neste artigo, exploraremos como o choque de gerações pode afetar a dinâmica de trabalho nas cooperativas, como líderes podem transformar esses conflitos em oportunidades de crescimento e quais estratégias aplicar para promover colaboração e entendimento mútuo.
Boa leitura!
O conflito geracional
Não é preciso muito esforço para entender o quão diferentes podem ser as opiniões, valores, crenças e comportamentos de pessoas de diferentes gerações.
O tempo tem sido uma fiel testemunha das transformações sociais, comportamentais e econômicas que vêm moldando cada geração de um modo diferente, criando algumas distâncias e diferenças geracionais nesta jornada.
No ambiente de trabalho de uma cooperativa podemos observar essas distâncias quando nos deparamos com equipes formadas por pessoas com idades que variam de 18 a 60 anos.
Entre essas idades, identificamos gerações que viveram sob regimes políticos diferentes do atual - como os baby boomers e a geração X -, uma que cresceu influenciada pela televisão e pela internet - a geração Y, também conhecidos como millenials -, e uma geração que já nasceu dentro de um mundo completamente digital, a geração Z.
Entender esta diversidade e as particularidades de cada geração é o pontapé inicial para que gestores cooperativistas consigam implementar estratégias eficientes de gestão de pessoas e de resolução de conflitos.
Entendendo as principais características de cada geração
É muito importante que gestores de cooperativas consigam identificar de forma geral os principais elementos que fazem parte de cada geração, para entender suas particularidades, e, assim, criar formas de comunicação com todos os cooperados e demais colaboradores.
Esta é uma das chaves para um trabalho de liderança assertivo e bem-sucedido, com muito mais habilidade para gerir conflitos.
Pensando em como as gerações se relacionam com o universo corporativo, podemos identificar algumas características importantes:
Baby Boomers (Década de 1940 a meados da década de 1960)
Nascida no pós-guerra, em um contexto de avanços econômicos e tecnológicos, são geralmente pessoas muito leais às organizações, com um senso de ética muito forte e com disposição para longas jornadas. Valorizam a hierarquia, estando acostumados com o modelo de liderança mais tradicional, que centraliza o poder de decisão.
Geração X (Fim da década de 1960 e início da década de 1980)
Essa geração testemunhou grandes transformações tecnológicas, tendo que se adequar a todo instante às novidades surgidas no mundo. São considerados adeptos da multitarefa e adaptáveis às novas tecnologias. Valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, e veem com bons olhos cargas horárias flexíveis.
Geração Y (Meados da década de 1980 e meados da década de 1990)
Essa geração conheceu um mundo já bastante tecnológico, com muitas transformações sociais. Procuram organizações alinhadas com as suas crenças, que defendam a proteção ambiental e a luta por melhores condições de trabalho. São entusiastas do trabalho em equipe, do aprendizado contínuo e da cultura do feedback.
Geração Z (nascidos a partir do final da década de 1990 até meados dos anos 2010)
Geração completamente digital, que está envolta por mudanças comportamentais bem claras, como valorização da diversidade, representatividade e jornadas de trabalho flexíveis, além disso, tendem ao empreendedorismo e trabalhos não-convencionais.
Liderança cooperativista: transformando conflitos em oportunidades
É crucial para uma cooperativa criar uma cultura organizacional que valorize a diversidade, não somente de opiniões, crenças e valores, mas também de gerações.
Para existir, essa cultura precisa de um espaço que incentive o diálogo e a comunicação clara e assertiva entre todos, promovendo um ambiente aberto, acolhedor e livre de preconceitos.
É importante também que o líder encontre soluções personalizadas para contemplar todas as pessoas envolvidas no universo cooperativista, e neste sentido é crucial identificar todos os perfis etários que trabalham na organização.
Equilíbrio é uma das soluções
A liderança capaz de contribuir com um projeto cooperativista de sucesso é aquela que possui a habilidade de equilibrar as diferentes demandas de cada colaborador ou grupo, envolvendo todos nesse projeto.
Equilíbrio e empatia são fundamentais para liderar com sucesso. É preciso que o líder exercite a empatia e a inclusão, criando um ambiente colaborativo, onde todos se ajudem e compreendam que trabalham visando os mesmos objetivos.
Somente dessa forma é possível transformar situações de conflitos em oportunidades de crescimento para a cooperativa, pois diferentes ideias e opiniões sobre o negócio levam a estratégias mais criativas e eficientes.
Estratégias para driblar conflitos de gerações em cooperativas
Já entendemos que uma cooperativa que abraça a diversidade de gerações precisa desenvolver um trabalho de liderança eficiente para realizar a gestão de possíveis conflitos.
Além disso, ao conhecer a fundo as diferentes gerações, a liderança cooperativista pode criar ações estratégicas para realizar uma gestão de pessoas mais humanizada, que respeita as especificidades de cada geração.
Independentemente das diferenças geracionais, todos os envolvidos em um projeto cooperativista têm um ponto em comum: a busca pelo sucesso da cooperativa enquanto organização social e econômica.
Um ambiente que permite que todos os seus integrantes contribuam com ideias e opiniões, transforma as diferenças geracionais em pluralidade de pensamento e soluções inovadoras.
Conclusão
Liderar uma cooperativa multigeracional exige habilidade para equilibrar diferenças e promover harmonia. Com estratégias adequadas, os conflitos geracionais podem se transformar em oportunidades de inovação, colaboração e fortalecimento da equipe.
A liderança cooperativista tem o poder de moldar um ambiente de trabalho produtivo e acolhedor, onde todos, independentemente da idade, se sintam valorizados e engajados no sucesso coletivo.
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